Reajuste emergencial do piso

Estado de greve é definido durante paralisação dos professores municipais

Estado de greve é definido durante paralisação dos professores municipais

Fotos: Nathália Schneider (Diário)

assembleia dos professores da rede municipal ocorreu de forma diferente nesta quinta-feira (6). A mobilização foi na rua, em frente à prefeitura de Santa Maria. A paralisação começou com concentração, a partir das 9h, na Praça Saldanha Marinho, com credenciamento de professores sindicalizados para votar sobre as próximas atividades da categoria. A mobilização teve adesão superior a 80% dos docentes da rede. Durante a assembleia, na rua Venâncio Aires, em frente ao centro administrativo, foi acordado, por unanimidade, o estado de greve, sem o retorno das atividades letivas no dia 31 de julho. 

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O sindicato dos professores municipais (Sinprosm) demanda uma reunião com o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB), até 17 de julho, antes do recesso escolar, para discutir sobre as reivindicações colocadas pela categoria. 

Estado de greve

O estado de greve não altera as aulas durante o período letivo de julho. Foi definido pelos votantes para não retornar as aulas em 31 de julho, início das atividades do próximo semestre. Nesta data, conforme a coordenadora de Educação Infantil do Sinprosm, Deise da Silva, será feita uma nova assembleia, pela parte da tarde, se eles não tiverem respostas da prefeitura até esse dia.

– Nós não retornaremos após o recesso, isso já está decidido. Vamos definir os rumos que a categoria vai tomar. 

Se a assembleia ocorrer, os próximos passos podem ser pelo indicativo de greve e, assim, posteriormente, se terá ou não a definição de uma greve dos professores no município. 

Outras questões estavam em votação, como o boicote das atividades propostas pela Secretaria Municipal de Educação (Smed) e a Operação Tartaruga, que consiste em aderir apenas algumas horas de aulas por dia, durante a greve.

Concentração na Praça

A coordenadora de Educação Infantil do Sinprosm comenta que, quando o sindicato soube da posição da prefeitura que o reajuste seria discutido apenas em agosto, foi encaminhado um ofício para o poder público, mas sem retorno até o momento. Por isso, na manhã desta quinta-feira começou a ser debatido sobre a construção de um movimento grevista. 

– Além do reajuste, temos a luta de um terço da hora-atividade (ações complementares a docência, como planejamento, estudo e acompanhamento). Segundo a prefeitura e a Smed, um terço da hora-atividade já está sendo encaminhado, porém não temos nada de prático nas escolas, até o momento – afirma Deise. 

De acordo com o sindicato, em torno de 60 escolas aderiram parcialmente ou totalmente à paralisação. Na praça, os professores que se credenciaram para a votação ganhavam um cartão vermelho para participar das decisões na assembleia. 

A professora aposentada Nívea Terezinha Mariano, 56 anos, trabalhou por 25 anos na Escola Municipal de Ensino Fundamental João da Maia Braga, como diretora. Ela participou de todas as paralisações realizadas neste ano.

– Queremos receber o nosso piso, que era a data base em março, já é julho e não temos uma previsão para o reajuste. Hoje, estamos em construção de greve, para escutar a categoria, para juntos construirmos os próximos passos. Precisamos nos mobilizar, para o prefeito dar uma resposta.

Assembleia em frente ao centro administrativo 

A partir das 10h, o ato começou a descer a Rua Venâncio Aires, em direção à prefeitura. No decorrer da assembleia, representantes do sindicato reivindicavam pela equiparação do primeiro nível da carreira ao piso nacional, que hoje está defasado em 60%. 

Em Santa Maria, a data base para revisão é o mês de março, mas ainda não foi anunciado quanto será o valor do reajuste. A categoria pede um reajuste de 14,95%, mesmo índice aplicado em janeiro pelo governo federal ao piso do magistério. 

A coordenadora de organização e patrimônio do Sinprosm, Juliana Moreira, durante a fala, pediu para o prefeito vir ao caminhão de som conversar com os professores, mas foi informado, aos vereadores que estavam presentes, Luci Duartes (PDT) e Valdir Oliveira (PT), que ele não se encontrava na cidade. 

– Como professora municipal, acho mais que justo o movimento e, como presidente da Comissão de Educação, estou aqui para tentar intermediar essa discussão entre a categoria e o Executivo. Pelo menos para uma reunião que nos traga uma resposta – relata a vereadora Luci Duartes. 

Representante da prefeitura 

O chefe de gabinete, Alexandre Lima, representou o poder público e pediu para o sindicato organizar uma comissão de representantes para conversar dentro do centro administrativo. No entanto, a categoria gostaria que a conversa fosse na rua, durante a assembleia. 

– A educação para nós é prioridade, não só no discurso. Ao longo dos anos construímos creche, reformamos escolas e contratamos professores. Ano passado, atendemos o reajuste salarial de quase 19%. Porém, esse ano, temos a Lei de Responsabilidade Fiscal. E os professores sabem dos investimentos que nós temos em educação e eles sabem que temos restrições com a Lei. 

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